Gesto Essencial
Gesto Essencial
Enrijecidos nervos A insensibilidade Olhos que só olham Nada mais Em loucura Em mim Petrificado Jasmim Angustiadas calmarias Dura expressão no semblante
Reação nenhuma Como no tempo Parece que como em mim Estar enfermo tudo De pernas pro ar Roucos veículos Voam na avenida Rompi o silêncio Que quiseram prá mim. Dentro em mim esse vazio Como esse copo que não bebi. Beijos nesses lábios Que não foram meus A voz que não saiu Esses braços Que seu corpo não abraçaram Sua primeira vez Que não foi minha Que jamais as outros serão Esses prazeres Que comigo nunca foram Nem serão O mutismo desses olhos Quando os seus encontravam Distante eco na memória Tempo que virou silênicio. Mais que de repente O preparo Nuvens se formando Chuva que sempre chega Engravida as entranhas Frutas maduras no coração Sempre sedento Enquanto chuva houver E sol em conjunção Servidas taças de canções Lançadas na mesa do mundo.
Carlos Gramoza Vilarinho 2-5-2019